Os Jardins do Egito e da Pérsia
Tendo
em vista o clima quente e árido do nordeste da África o papel dos jardins do
Egito sempre foi de extrema importância para manter a boa qualidade de vida da
população egípcia. Quando a prosperidade
deu espaço para as Artes como a arquitetura e a escultura, o paisagismo também
acompanhou esse desenvolvimento.
As
características dos jardins egípcios seguiam os mesmo princípios utilizados na
arquitetura da época: jardins rigorosamente simétricos e afinados com os quatro
pontos cardeais.
As
plantas mais utilizadas na época eram: palmeiras nativas, figueiras, videiras e
diversas plantas aquáticas, pois um ponto distintivo dos jardins egípcios era a
presença de um tanque de água. Toda a disposição das plantas era feita ao redor
de um ou vários lagos. E de acordo com relatos históricos, esses lagos podiam
ser enormes, na IV dinastia, no palácio do Faraó Seneferu (2630 a.C. e 2609
a.C.) havia um tanque artificial com dimensões suficientes para que o Faraó
navegasse acompanhado de jovens remadoras com roupas diáfanas.
Nos
túmulos de figuras importantes do mesmo período, foram encontradas pinturas com
representações de cenas de jardins, pois eles eram símbolo da vida após a
morte. Uma dessas cenas bem representativas é a do túmulo de Nebamun, da XVIII
dinastia (155o a.C e 1307 a.C) que podemos ver ao final da postagem. A cena
parece mostrar um jardim que possivelmente pertenceu a Nebamun e é de um
realismo incrível, mostrando uma piscina com pássaros, flores de lótus, peixes
e papiros bordando a margem. Também se distinguem palmeiras, figueiras,
mandragoras e tamareiras. Essa última era considerada uma árvore da vida e que
tinha o poder de garantir a passagem para o outro mundo.
Os
Jardins da Pérsia eram tradicionalmente “lugares fechados”, ou restritos aos
moradores. A palavra para definir “espaço fechado” em persa antigo era pairi-daeza que se transmitiu na mitologia judaico-cristã com o nome de Paraíso.
O
objetivo principal destes jardins era o de procurar a tranquilidade espiritual,
mas também eram comumente utilizados como área recreativa (um ponto de reunião
dos amigos), de modo a ser, essencialmente, um paraíso na terra. Estes jardins podiam
ser construídos de duas formas, a primeira de modo formal onde se prevalecia a
estrutura ou de modo muito informal onde o jardim era centrado nas plantas, mas
sempre respeitando algumas regras simples de concepção, como a intenção de
maximizar tudo aquilo que o jardim podia oferecer.
Estima-se que a origem dos jardins persas data de
4000 a.C.. As cerâmicas da época revelam a preferência de desenhos em formato
de cruz nos jardins. Podemos visualizar o conceito persa de um jardim ideal, no
imponente Taj Mahal,
um dos maiores jardins persas do mundo.
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| Cena representativa pintada no túmulo de Nebamun |
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| Taj Mahal |
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